A direção da Kingsmead Community School alega que o desenho animado é usado para ensinar sátira, ironia e paródia, além de linguagens da mídia, como audiência, esteriótipos e narração visual a alunos de 12 anos. A iniciativa parece ser interessante e inovadora, porém, como tudo o que é novo, não agradou a todos.

Argumentando que a nova disciplina não é nada mais do que uma perda de tempo, o pai de uma das alunas organizou uma petição e conseguiu colher mais de 400 assinaturas para banir Homer e sua família do currículo escolar.



O líder da empreitada contra a animação diz que, em vez de passarem o tempo assistindo a Bart e companhia, os alunos deveriam manter o foco nas obras de Shakespeare e no que ‘realmente importa’.

Não há dúvidas sobre a importância do aprendizado dos grandes clássicos. Shakespeare, Edgar Allan Poe, Camões, Cervantes, Fernando Pessoa... sem eles, não teríamos as bases que sustentam a liguagem e as manifestações midiáticas modernas. Sem contar as obras dos precursores gregos da Filosofia, o ponto de partida para todo o conhecimento que o homem atingiu. Mas é importante que nossos jovens sejam leitores e espectadores críticos de tudo o que é veiculado diariamente em todas as formas de mídia.

A boa noticia é que, mesmo com o abaixo assinado, a escola vai manter as aulas sobre os Simpsons no currículo até segunda ordem.

Infelizmente, assuntos como esse não são abordados em nossas escolas. Mas fica aí uma pequena dica para uma mudança na nossa educação básica, que, está agonizando.